Apollon tinha sido recomendado pelo Beel fazia muito tempo e eu vivia adiando por pura preguiça e porque a atmosfera setentista da série não tinha me ganhado. Mas quando eu dei uma chance, rushei o mangá em dois dias.
É verão de 1966 e o jovem Kaoru Nishimi não está nada feliz, por causa do emprego de seu pai, ele precisou se mudar e alterar todos os seus planos de vida. Na nova escola, ele se sente estranho e sufocado e em uma série de maus entendidos acaba chamando a atenção do delinquente da sala. Paralelamente a isso, Mukae, representante de sala, o convida para um tour pela cidade, e acaba levando Nishimi para a loja de discos de seu pai, onde ele tem seu primeiro contato com o jazz.
A grande sacada de Apollon é o fato que Nishimi toca piano clássico, ele é um garoto cheio de regras e métricas, que precisa de ensaio e perfeição em sua música e sua vida. Mas ao conhecer o jazz, cheio de improvisos, descobre que não só a música, mas a vida pode ser levada com mais leveza.
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| A vida não precisa ser tão rígida |
O delinquente da escola é um baterista talentoso e tem uma vida praticamente oposta da Nishimi e essa convivência entre os dois, onde eles vão se confrontando e aprendendo, enriquece muito a história. A trama envolve amizade, romance, aprendizado, estudos, profissão, família, cotidiano, hobbies e conflitos. Tudo isso com jazz como plano de fundo, já que esse estilo musical é usado como válvula de escape durante toda a série, mostrando que em muitos momentos da vida é preciso improviso e jogo de cintura.
O traço é propositalmente envelhecido, para reforçar a década que se passa e casar com o movimento de jazz mundial e japonês. Há muitas referências a artistas reais, que te instiga a procurar pelas músicas e ouvi-las. Admito que não sou muito fã de jazz, mas até fiz uma playlist para ouvir.
Mídia: mangá
Volumes: 9
Publicação: 2007 - 2012
Demografia: josei
Gêneros: romance, drama, slice of life, musical
Autor: Kodama Yuki