Ao no Flag

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Eu fiquei impressionada em ver como esse mangá se tornou popular recentemente. Quando eu li a primeira vez, ele era bem desconhecido e nichado, mas vamos lá.

Eu gosto muito de ler yaoi, mas uma coisa que me incomoda é que a maioria dos yaoi não são lgbt+. Como assim? Claro que eu adoro ver o casal ficar junto e ter todo love-dove e putaria envolvida, mas boa parte desses mangás só está preocupado com isso mesmo, em satisfazer o fetiche do leitor, todo mundo é gay e mesmo quando não é, vira automaticamente só de saber que o protagonista é. Ninguém acha ruim, todo mundo aceita e se aceita e vivem felizes para sempre, e nós sabemos que na vida real, a coisa não funciona assim e é exatamente isso que me chateia. Toda a parte difícil, aceitação, confronto, é abordado superficialmente, isso quando não é totalmente ignorado.

Todos os personagens tem uma questão a resolver

E por isso Ao no Flag é um ótimo Lgbt+, sem ser um yaoi. A trama se foca em Taichi e Touma, que eram melhores amigos na infância, mas agora adolescentes, seguem caminhos separados. Para Taichi eles seguiram caminhos diferentes e não faz mais sentido serem próximos, mesmo que Touma ainda tente interagir com ele. Um dia, Taichi descobre que Futaba, uma colega fofa e tímida, é apaixonada por Touma e decide ajudá-la.

Falar mais é estragar a graça da história, mas esse pequeno triângulo amoroso, como ele se desenvolve, todos os medos e traumas que os personagens tem, o desenvolvimento pessoal e o crescimento de cada um deles é fenomenal.

Achei a abordagem da parte lgbt+ muito sensível e delicada. Principalmente por abordar tanto o ponto de vista da pessoa em si, como dos que convivem com ela. Lembra bastante Shimanami Tasogare, sem as partes fantasiosas e com uma pegada um pouco mais juvenil.

Outros nomes: Blue Flag
Volumes: 8
Publicação: 2017 - 2020
Demografia: shounen
Gêneros: slice of life, romance, lgbt+
Autor: Kaito

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