Sim, eu voltei do ostracismo só para falar de Bleach
Mídia: filme 
Exibição: 2018
Estúdio: Warner Bros. Japan
Demografia: shounen
Gêneros: ação, fantasia, aventura
Sinopse: Kurosaki Ichigo (Fukushi Sota) é um adolescente que possuí o dom de ver espíritos, os quais ele tenta ajudar. Certa noite, ele conhece uma mulher (Sugisaki Hana)que alega ser um shinigami e que está na Terra com a missão de purificar as almas e enviá-las para a Soul Society. Após serem atacados por um Hollow, uma alma que foi corrompida, ela passa parte de seus poderes espirituais para que o garoto a ajude a combater a ameaça, assim Ichigo se torna um shinigami substituto.
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Kurosaki-kun |
Comentários: Eu não tinha o menor hype em cima desse filme. Se Rurouni Kenshin tinha jogado minhas expectativas com adaptações lá em cima, FMA (e aquele Death Note horroroso do Netflix) jogaram lá embaixo.
Para ajudar, o diretor é o mesmo do Gantz, que é conhecido por suavizar muito as cenas e Bleach além de tudo, não é exatamente o material mais glamouroso para se trabalhar, mas não é que o filme é bom?
A primeira cena do Ichigo, brigando com os caras que destruíram as flores do fantasma criança tá igualzinha ao anime/mangá e não teve como não esboçar um sorriso e ter aquela sensação de que não seria uma bomba completa.
Basicamente o filme aborda o primeiro mini arco, até a parte que a Rukia volta para a Soul Society e fez isso de forma muito inteligente. A interação entre o Ichigo e Rukia está muito real e palpável, as lutas estão bem coreografadas e os efeitos especiais estão bem bonitos, nada do exagero japonês que a galera adora reclamar. Os Hollows ficaram mais diversificados em termos de elementos e texturas e o trabalho em cima deles ficou muito bonito.
Vários pontos da trama foram mudados, mas foram mudanças muito bem-vindas, como enfiar a aparição do Renji (Saotome Taichi) muito antes ou resumir toda aquela ladainha dos Quincy para uns cinco minutos de filme. Até a irritante da Orihime (Mano Erina) aparece, e ela nem está tão irritante assim (e os ganchos para ela e o Chad (Koyanagi Yu) continuarem na trama se houver uma continuação ficaram muito bem amarrados).
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As lutas estão muito boas |
Claro que nem tudo é perfeito e houve seus protagonismos, principalmente na luta contra o Byakuya (Miyavi), mas o que seria do Bleach sem o Ichigo e seu protagonismo.
Aliás, apesar do Sota não ter cara de adolescente, ele passou bastante credibilidade como Ichigo, achei que o personagem ficou mais humano e muito mais gostável, e a interação dele com a Rukia ficou bem mais realista (apesar de toda a fantasia do universo).
A caracterização dos personagens ficou boa no geral, ok, Orihime não é ruiva e peituda, Rukia é só orelha e o Renji, se não fosse por aquele bagulho na testa, teria ficado muito melhor, mas de modo geral, os personagens trazem a essência da suas contrapartes de papel e as mudanças não chegam a ser incomodas. A trilha sonora está bem divertida e complementa bem as cenas do filme. Destaque para as explicações em desenhos da Rukia, as cenas de treinamento que além de terem aumentado o relacionamento entre os protagonistas, funciona muito melhor para explicar porque o Ichigo é tão bom combatente e a cena dentro do mercado, onde o Ichigo está ao lado da prateleira de alvejantes (há!)
Eu não sei como o filme se saiu no Japão, mas tenha se saído bem e que venha as continuações (embora admito que dá um medo imaginar a Soul Society acontecendo com seus milhões de personagens).
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Shadow of Colossus é você? |
Por que não ver? Se você não gosta de Bleach ou cinema japonês.
Onde encontrar: Netflix.