Ten Count

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Shirotani tem um verdadeiro pavor de germes e contaminação, mas quando isso começa a afetar seu emprego, ele procura a ajuda de Kurone, um médico que pode resolver seu problema em dez passos.

Outros Nomes: 10 Count
Mídia: mangá
Lançamento: 2013 -2017
Volumes: 6
Autor: Takari Rihito
Demografia: yaoi/shounen-ai
Gêneros: drama, romance, [+18]

Sinopse: Shirotani Tadaomi sofre de misofobia (medo de contacto com o sujo e da contaminação por germes), e isso acaba afetando seu desempenho no emprego. Após conhecer Kurose, um jovem médico, este lhe diz que irá ajudá-lo a se curar através de dez passos. Mas a relação entre eles pode se estender mais longe do que médico e paciente.

Comentários: Minha primeira impressão de 10 Count é que seria uma obra complexa e inteligente, trabalhada de forma bastante diferenciada da maioria dos yaoi. Pois bem, posso dizer que minha impressão estava certa, mas também errada.

Shirotani parece um rapaz comum, que trabalha em uma grande empresa, mas sofre de misofobia. Isso o prejudica em muitas situações e acaba colocando a vida de seu chefe em perigo (já que Shirotani se recusa a tocá-lo para chamar sua atenção de um carro que vinha desgovernado pela rua).

Quem acaba salvando a vida de seu chefe é um rapaz misterioso chamado Kurose, que mais tarde, Shirotani viria a descobrir ser médico especializado na cura de fobias. Condoído com a situação de Shirotani, Kurose se propõe a ajudá-lo no tratamento, mas percebe que não conseguirá manter apenas a relação médico e paciente.

É exatamente nesse ponto que minhas impressões se tornam certas e erradas. Tanto Shirotani como Kurose passam a nutrir sentimentos um pelo outro, mas não dão vazão ao sentimento por motivos diferentes, Shirotani por sua fobia e Kurose por causa da relação médico-paciente. Entretanto, quando finalmente eles se acertam, a coisa degringola e vira um yaoi de pegação pura e simples.

As cenas são muito bem desenhadas, tem contexto e todo um trabalho por cima, mas não deixa de ser estranho imaginar que Shirotani que não aperta a mão de outra pessoa, mesmo usando luvas, deixaria um estranho tocar seu corpo de forma tão intima. Fora que Kurose, mesmo sabendo da situação do amante, parece não se importar nenhum pouco com isso e já parte para o sexo, sem nem ao menos o rapaz conseguir lhe dar um beijo no rosto.

Aos poucos, conforme a trama se desenrola, vemos o que causou a grande fobia do rapaz e nisso posso dizer que o mangá me surpreendeu muito. Eu particularmente achei a motivação da fobia muito inteligente e complexa, misturando uma situação inusitada da infância que causa constrangimento e trauma, fazendo Shirotani jogar toda a culpa sobre si mesmo. Achei o momento em que ele se masturba em um banheiro público, misturando ao mesmo tempo, seu pavor e desejo, uma sacada sensacional para mostrar o quanto ele mesmo se vê como sujo.

Apesar disso, Kurose não me convenceu totalmente, ele é muito dominador e aproveita disso para mexer com o psicológico de Shirotani. É provável que ele tenha segredos também, principalmente por algumas frases que deixou no ar, mas o mangá ainda não revelou exatamente o que Kurose esconde.

Achei o traço fantástico, consegue ser detalhista e limpo, e os personagens são bem caracterizados e os cenários são bastante detalhados e expressivos.

Por que ler? Protagonista complexo e trama bem trabalhada.
Por que não ler? A questão da misofobia ficou muito flexível para algumas cenas, poucos personagens, nenhuma subtrama.
Onde encontrar: Pode ser encontrado online em inglês ou em português pela Fascínio Asiático.

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