É provável, que como otaku ou apreciador da cultura japonesa, você já esteja familiarizado com termos como shounen, shoujo, seinen e josei, mas a coisa começa a ficar confusa quando você lê aquele mangá de ação cheio de sangue e descobre que ele é um shoujo. Do nosso lado do globo ficou comum classificar shounen como pancadaria para meninos e shoujo como romance e garotas mágicas para meninas. E de certa forma, isso não está errado, pois estes são os focos das suas maiores representantes dos gêneros, a Shounen Jump e a Nakaiyoshi. Entretanto, isso não é uma regra.
Enquanto participava de um fórum americano sobre mangá, vi um grupo de leitores bastante revoltados por um leitor online ter classificado Horimiya como shounen. O mangá é um misto de slice of life e romance, focando no primeiro relacionamento amoroso de Miyamura, o herói do título. Muitos desses leitores alegavam que uma história sem ação e com o foco no romance não poderia ser considerada um shounen. No Japão, o mangá é publicado pela GFantasy, uma revista voltada para o público masculino, ou seja, mesmo que o mangá tenha várias características de um típico shoujo, o fato de sair em uma revista específica para meninos faz dele um shounen. É um pouco diferente do que estamos habituados no ocidente, mas qualquer gênero pode fazer parte de determinada demografia.